Polícia Civil de Sergipe faz alerta sobre perigos enfrentados por crianças e adolescentes no meio digital
Em muitos casos, criminosos se passam por adolescentes em jogos online e redes sociais para ganhar a confiança das vítimas e manipular seu comportamento.
Por g1 SE
19/04/2025 19h12 Atualizado há um dia
Riscos virtuais — Foto: Heloise Hamada/g1/Arquivo
Riscos virtuais — Foto: Heloise Hamada/g1/Arquivo
A Polícia Civil de Sergipe fez um alerta sobre perigos enfrentados por crianças e adolescentes no meio digital. A orientação foi realizada após a repercussão nacional de casos de mortes de crianças ao participarem de desafios virtuais.
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Segundo a Polícia Civil, os crimes mais recorrentes cometidos contra crianças no ambiente virtual incluem o armazenamento e compartilhamento de imagens íntimas, extorsão, incitação ao suicídio, automutilação e abusos relacionados à pedofilia.
Em muitos casos, criminosos se passam por adolescentes em jogos online e redes sociais para ganhar a confiança das vítimas e manipular seu comportamento.
De acordo com a delegada Josefa Valéria, a internet representa atualmente uma espécie de ‘nova rua’, onde os menores estão expostos a riscos semelhantes aos que existem fora de casa.
“O risco de ser estuprado, assassinado, ameaçado ou manipulado está presente também nas redes, muitas vezes de forma mais silenciosa e difícil de identificar”, alertou.
Ainda de acordo com ela, existem grupos de ódio em aplicativos sem moderação, nos quais crianças são incentivadas a se mutilar ou até a tirar a própria vida. “Em situações como essas, o autor pode responder por homicídio, conforme previsto no Código Penal”, acrescentou a delegada.
A orientação da autoridade policial é para que os responsáveis mantenham um diálogo franco com os filhos, limitem o tempo de uso dos dispositivos, utilizem ferramentas de controle parental disponíveis nos celulares e estejam atentos aos conteúdos acessados.
“Os pais acreditam que, por estarem em casa, os filhos estão protegidos. Mas, muitas vezes, eles estão sozinhos na internet, vulneráveis a todo tipo de contato criminoso. As crianças estão à frente de muitos pais quando o assunto é tecnologia. Caso não haja diálogo e vigilância, os riscos aumentam consideravelmente”, finalizou.
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