Investigação que Gustavo Gayer é alvo começou no inquérito dos atos do 8 de janeiro. Polícia apreendeu celular de empresário suspeito de atuar com o parlamentar
Por Sarah Teófilo e Daniel Gullino — Brasília
25/10/2024 09h44 Atualizado há 4 minutos
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O deputado federal Gustavo Gayer
O deputado federal Gustavo Gayer — Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados/06-02-2024
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Em representação enviada ao Supremo Tribunal Federal (STF), a Polícia Federal aponta suspeita de que o deputado federal Gustavo Gayer (PL) atuou em conluio com um empresário de Goiás para desviar recursos públicos da cota parlamentar. O dinheiro, segundo a PF, teria contribuído para movimentar e direcionar os atos antidemocráticos de janeiro de 2023.
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Ao analisar o celular do empresário, apreendido pela PF, a corporação diz ter identificado elementos de desvio de recursos “que teriam, em tese, contribuído para movimentar e direcionar os atos antidemocráticos”. Apuração teve início no contexto dos atos do 8 de janeiro. O empresário em questão trabalha para Gayer e foi alvo de busca e apreensão, quebra de sigilo telemático e prisão preventiva por “incitação, financiamento e participação a tomada dos prédios publico na Praça dos Três Poderes”, diz a PF.
Nesta quinta-feira, Gayer teve o celular apreendido, assim como cartões de memória e hds externos. Em um vídeo divulgado pelas redes sociais, ele afirmou ter sido acordado às 6h com a porta de sua casa, em Goiânia, sendo “esmurrada” pelos agentes. Ele, porém, disse não saber o motivo de ter sido alvo da operação e atribuiu a investigação a questões eleitorais.
— (A operação da PF) Numa sexta-feira, a dois dias das eleições, claramente tentando prejudicar meu candidato aqui em Goiânia — disse Gayer.
Segundo a polícia, Gayer tentou contratar o empresário como secretário parlamentar, mas não foi possível devido a impedimentos legais. Para contornar, foi constituída uma empresa no nome do empresário e o gabinete do deputado a contratou. Foram pagos R$ 24 mil em três parcelas.
Conforme a PF, a referida empresa foi usada para viabilizar o “recebimento de recursos públicos indevidos em razão de atividades políticas ilegítimas”. A investigação detalha que o parlamentar utilizou recursos da Câmara dos Deputados para manter a atividade de uma escola de inglês chamada Gustavo Gayer Language e de uma loja de venda de roupas que estava no nome do filho dele.
A polícia aponta, ainda, que o grupo falsificou documentos para criação de Organização de Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP) com o objetivo de desviar recursos públicos. Para isso, o deputado comprou uma associação comercial por R$ 6 mil por meio do empresário e uma mulher.
“Os elementos sugerem que os representados pretendiam qualificar a associação como Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP), para o recebimento de verbas públicas por emendas parlamentares Para tanto, teriam utilizado simulações contratuais, a fim de incorporar uma entidade que satisfizesse o aspecto temporal (mais de 10 anos de existência) e possuísse as devidas certificações perante o poder público”, diz a PF.
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