Direito & Cidadania

Saúde Mental avalia ações de atenção psicológica às mães de bebês com Microcefalia


Na tarde desta sexta-feira, 29, as gestoras da Referência Técnica em Saúde Mental promoveram uma reunião para a avaliação dos trabalhos realizados no primeiro trimestre de 2016. Ligada a Rede de Atenção Primária (Reap), da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), a Referência Técnica conta com cinco psicólogas e presta os serviços de Referência em Psicologia para Gestantes.

clique para ampliarFotos: (Ascom/SMS)
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De acordo com a coordenadora do projeto, Dalyanne Fonseca de Paiva Araújo Oliveira, inicialmente, a meta era atender as grávidas de bebês já diagnosticados com microcefalia, mas ao longo do tempo, foi necessária a ampliação desse serviço para as demais grávidas. “Observamos que essas mulheres, após o nascimento do bebê, devido o aumento de atividades em prol dos cuidados com as crianças, por conta da Microcefalia, afastam-se das consultas psicológicas. Por outro lado, temos um número considerável de mulheres que passam por um processo de angústia já ao receber a notícia da gravidez, devido à dúvida se o bebê terá ou não a doença. É para elas que estamos traçando novas ações hoje”, explicou Dalyanne.

Durante a reunião, foram discutidas as próximas ações do projeto que visa a estabelecer uma parceria com a Secretaria da Família e Assistência Social (Semfas) para visitação em todos os Centros de Referência de Assistência Social (CRAS) da capital, levando novos esclarecimentos sobre a microcefalia e as referências em psicologia, apresentando o planejamento da SMS para oferecimento dos serviços de apoio psicológico a essas gestantes.

Segundo a psicóloga do projeto, Roberta da Hora, uma das grandes preocupações e motivações da Referência Técnica é o tratamento das mães diagnosticadas com a depressão pós-parto. “Nessas pacientes, encontramos um sentimento de desejo de morte do bebê muito grande. Ainda que seja essa uma expressão forte, esse é um conflito vivido por muitas mulheres em situação de vulnerabilidade emocional. Entendendo que gestação, por si, já é um processo de adaptação, vemos nessas mães uma sensibilidade muito maior, atribuído ao impacto do diagnóstico”, destacou Roberta.

Entre as ações discutidas na reunião, está à mobilização das equipes do Programa Saúde da Família, em parceria com a Referência em Saúde Mental e os CRAS para promover rodas de conversas e trabalhos em grupo com as gestantes e mães em situação de vulnerabilidade psicológica.


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