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Médicos ameaçam nova greve, para começar junho sem trabalhar


Médicos entrarão em greve a partir da segunda, 4
Categoria tem três pleitos não atendidos junto a PMA
Os médicos que atendem pela rede pública da capital estarão em greve a partir da próxima segunda-feira, 4. A decisão foi tomada em assembleia da categoria, feita após uma reunião com a secretária de Saúde de Aracaju, Waneska Barboza, sobre as reivindicações dos profissionais.

Foram exigidos três pleitos durante manifestação que ocorreu na porta da Prefeitura de Aracaju nesta segunda-feira, 28: a implementação da Tabela Única dos profissionais, a campanha salarial de 2018 e contra a contratação de profissionais da área por meio de PJ. O presidente do Sindicato dos Médicos do Estado de Sergipe (Sindimed), João Augusto Alves, explicou cada um. “Não falaram nada sobre reajuste, disseram que não fecharam o balanço do quadrimestre. Só depois do dia 1º de junho vão poder falar alguma coisa, e não deixaram reunião marcada. Não passaram o estudo da tabela única, que está atrasado desde janeiro”.

Outro ponto que gera bastante indignação dos médicos é a ausência de concurso público para a classe. “Edvaldo descumpre uma promessa de campanha. Querem contratar via PJ, que é ilegal. A secretária insistiu que essa é a linha que eles irão tomar e que aguardam apenas um parecer jurídico do Procurador. Vamos partir para o conflito. Como ficaremos quietos? Existem várias decisões contrárias a esse método porque frauda a carteira assinada para quem é empregado privado. Juízes são contra essa linha de conduta”, reclamou o presidente.

Por conta disso, o Sindimed irá procurar a esfera judicial para tentar impedir a contratação de mão de obra via PJ. Com a paralisação, o efetivo será mantido em 50% para os serviços de urgência e emergência. Na manhã do dia 4, haverá um ato público, às 7h, no Hospital Nestor Piva, na zona norte da capital.

Os médicos que não aderirem à greve e que forem contratados por meio de PJ serão acionados no Conselho Regional de Medicina (CRM) e também na justiça. “É tentativa de burlar o serviço público. Não vamos permitir”, garantiu João Augusto.

SMS

A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) informou que “que só poderia planejar reajustes salariais após a divulgação do balanço financeiro municipal do quadrimestre, que deve ser feito pela Secretaria Municipal da Fazenda (Semfaz) até a próxima quarta-feira, 30. É com base nesse levantamento que a gestão poderá calcular a capacidade de ampliações ou necessidade de contenções nos meses subsequentes deste ano”.

Sobre a questão de contratar por meio de PJ, a assessoria de Comunicação da pasta esclareceu que ainda está no campo das possibilidades. “Houve o PSS e estamos com problema para preencher as vagas com a classe média, principalmente com especialidades. Para não deixar a população desassistida, estudamos a possibilidade. O objetivo é não deixar quem precisa sem o serviço”.