Xhaka nasceu na Basileia e é filho de pais kosovares, enquanto Shaqiri é mesmo do Kosovo, assim como o volante Behrami, e se naturalizou suíço para jogar pela seleção. O pai de Xhaka já foi preso político da Iugoslávia por três anos e meio após participar de manifestações contra o governo comunista de Belgrado, capital da Sérvia, em 1986. Ele era estudante de uma universidade do Kosovo, que era então uma província autônoma na Iugoslávia.

Na coletiva após a vitória sobre a Sérvia, ao ser eleito o melhor da partida, Shaqiri prefiriu não comentar sobre a comemoração que fez após assinalar o gol decisivo do jogo:

– Prefiro não falar sobre isso, foi só a emoção do gol – disse o camisa 23.

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A região de Kosovo fica dentro do território da Sérvia e declarou independência de forma unilateral em 17 de fevereiro de 2008. Os sérvios não reconheceram esse ato e ainda consideram Kosovo como parte do país.

Esse conflito foi mais um motivo de tensão para a partida contra a Sérvia em Kaliningrado. Tanto que o atacante Mitrovic chegou a questionar por que Shaqiri, Xhaka e Behrami não defendem a seleção do Kosovo. Xhaka chegou a responder à provocação em carta aberta dizendo que a Fifa havia avisado que ao jogarem pela Suíça a Euro de 2016 teriam perdido o direito de fazer a mudança. O meia ainda garantiu que vai seguir tentando defender a seleção kosovar no futuro.