Sexta-Feira, 24 de Outubro de 2025 às 22:45:00
Programação reuniu apresentação da Orsse, exibição de documentário, apresentação do Samba de Coco da Ilha Grande e Feira de Artesanato




A pluralidade da cultura sergipana, representada pela música, audiovisual, folclore e artesanato, tomou conta da Praça São Francisco, em São Cristóvão, na noite desta sexta-feira, 24, durante as comemorações do Dia da Sergipanidade. Especialmente no mês de outubro, a programação do projeto Cultura Por Toda Parte integrou o Festival Sergipanidade, iniciativas pelo Governo de Sergipe, por meio da Fundação de Cultura e Arte Aperipê (Funcap) e da Secretaria Especial da Cultura (Secult).
O presidente da Funcap, Gustavo Paixão, destacou a importância da iniciativa e o fortalecimento da política de interiorização da cultura. “O Festival Sergipanidade, que já passou por Neópolis e Laranjeiras e agora chega a São Cristóvão, mostra que celebrar a sergipanidade é celebrar nossa cultura, tradições e tudo aquilo que Sergipe tem de mais bonito e valoroso”, afirmou.
A noite começou com a apresentação da Orquestra Sinfônica de Sergipe (Orsse), que levou ao público o projeto itinerante Orquestra na Estrada, com um repertório inteiramente dedicado à música sergipana. As obras executadas incluíram Sergipanidade, de Fabiano Santana; Viver Aracaju, de Ismar Barreto; Cheiro da Terra, de Cláudio Miguel e José de Gouveia; e Fazenda Velha, de Erivaldo de Carira.
Em sua fala ao público, o maestro da Orsse, Guilherme Mannis, ressaltou o papel da música de concerto na valorização das composições que refletem sobre a identidade sergipana. “A nossa cultura é muito plural, e a Orsse também faz parte desse movimento. Não é uma orquestra que apenas executa repertórios europeus; ela traz a música que é feita aqui, no nosso dia a dia, e isso é muito significativo”, explicou.
Na sequência, o público acompanhou a quarta edição do projeto Cinema na Praça, com a exibição gratuita do documentário Morena dos Olhos Pretos, dirigido por Isaac Dourado. O filme, contemplado pelo Edital Tarcísio Duarte, na categoria Apoio ao Licenciamento de Obras Cinematográficas via Lei Paulo Gustavo (LPG), conta a trajetória da cantora Clemilda, conhecida como Rainha do Forró.
Para encerrar a noite, o grupo Samba de Coco da Ilha Grande, liderado pela mestra Dona Madá, reconhecida como Patrimônio Vivo da Cultura Sergipana, apresentou um espetáculo repleto de ritmo e tradição, e convidou o público para dançar em roda. “Estou há 33 anos à frente do grupo e ver tanta gente brincando com a gente, como hoje, é sempre muito gratificante. Fico feliz de perceber que tantas pessoas têm orgulho dessa nossa identidade”, expressou Dona Madá.
Público aprova
A cantora de forró Érica Barbosa, de Aracaju, acompanhou todas as atrações e enalteceu o valor do evento. “A programação está recheada de cultura. Isso é lindo de ver. O ‘Cultura em Toda Parte’ é um projeto muito importante para que a cultura sergipana seja vista e reafirmada em momentos como esse”, afirmou.
Moradora de São Cristóvão, Geleilda dos Santos, 70 anos, disse ter vivido muitas novas experiências. “Achei a programação maravilhosa. Nunca tinha assistido à Orsse e foi incrível. Aprendi muito com as explicações do maestro, me joguei na roda do Samba de Coco e brinquei de verdade. Foi lindo, não vou me esquecer disso nunca”, contou.
O casal Nelson Fontes, 84, e Marilene dos Santos, 75, assistiu à programação da porta de casa e se emocionou com o cinema ao ar livre. “Foi um privilégio ter um cinema aqui hoje e assistir à história de Clemilda, que é um orgulho para nós sergipanos. A programação foi muito boa”, avaliou Marilene.