Aracaju, 8 de novembro de 2025

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Atuação do Governo de Sergipe garante fiscalização das barragens e distribuição de água no estado

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Atuação do Governo de Sergipe garante fiscalização das barragens e distribuição de água no estado---08 DE NOVEMBRO 25

Sábado, 08 de Novembro de 2025 às 08:00:00

Barragens são fiscalizadas de forma constante pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente e têm uma função fundamental na segurança hídrica e na reserva de água

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O Governo de Sergipe, por meio da Secretaria de Estado do Meio Ambiente, Sustentabilidade e Ações Climáticas (Semac), é responsável pela fiscalização de diversas barragens no estado. O monitoramento do nível e do volume d’água dos reservatórios de Sergipe, atividade fundamental para a gestão de recursos hídricos, é conduzido pela Semac, por intermédio da Diretoria de Recursos Hídricos, e em parceria com a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA). Essa atuação promove segurança hídrica e leva desenvolvimento a diversas regiões de Sergipe.

O estado possui 15 barragens monitoradas, as quais são de responsabilidade de diferentes órgãos: Companhia de Saneamento de Sergipe (Deso), Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse) e Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs/SE).

A secretária de Estado do Meio Ambiente, Deborah Dias, salienta a necessidade desse trabalho. “A água é um recurso essencial para as pessoas e para a economia, na cidade e no campo, ela traz desenvolvimento, portanto, o monitoramento das barragens garante planejamento das atividades e segurança hídrica para a população. A Semac conta com uma equipe técnica multidisciplinar que trabalha diariamente com o acompanhamento do volume e, também, com o plano de segurança de barragens”, pontuou.

O desenvolvimento e a construção das barragens envolve diversos cuidados ambientais, pois implica em uma interrupção do fluxo do rio e, desde o início, são analisadas a condição natural do ambiente, o tipo de solo e o estado do rio. Outro fator crítico é o fluxo ambiental, ou seja, possibilidade reservar água sem comprometer a continuidade do rio para não prejudicar usuários a jusante e evitar a degradação do trecho impactado pela obra.

O gerente de Gestão e Segurança Hídrica da Semac e geólogo João Carlos Santos da Rocha destaca que as barragens têm alto custo financeiro e também representam um custo ambiental. “Todo o planejamento para o reservatório deve ser feito com apoio técnico, para garantir que os benefícios das barragens compensem os custos assumidos pelo poder público e a sociedade para sua construção”.

As barragens têm uma função fundamental na questão da segurança hídrica e na condição de reserva de água, seja ela de um rio corrente ou de aporte pluvial, promovendo vários benefícios. Uma barragem faz a regularização da vazão do rio, reserva água como garantia hídrica, melhora a qualidade água e o microclima da região onde está instalada, ao proporcionar o aumento da umidade no local.

Neste sentido, a Semac se responsabiliza pela fiscalização das barragens, com o principal objetivo de promover segurança hídrica, seja em nível estrutural ou de distribuição, fazendo a gestão da água, tendo em vista que controlar o nível da água é fundamental. Caso a barragem ultrapasse o nível da água, ela passa pelo processo de verter, necessário à segurança da estrutura, como explica o técnico da Semac, José Venâncio Oliveira. “Fazemos um monitoramento para saber se vai atender a população e, em alguns casos, só atender o abastecimento público porque é prioridade. Também fazemos a fiscalização em questão da segurança da estrutura da barragem. Se esse nível de água passar muito, ela começa a verter, o que é normal, mas, se ela começar a verter muito, pode ter algum problema e vir a romper. Neste caso, é necessário acionar a Defesa Civil para tomar todos os procedimentos de segurança e evitar algum sinistro”, afirmou. O trabalho é feito de forma conjunta com a Defesa Civil, evitando possíveis problemas. Para isso existe o Plano de Segurança de Barragens, com todo um arcabouço de segurança, tanto de prevenção, como de correção.

Tecnologia e atenção constantes

Todas as barragens fiscalizadas possuem réguas, onde são medidos diariamente os níveis, e a partir dessas informações, são trazidos os números que constam nessas réguas. Essa contagem é feita de forma manual, com um funcionário responsável pelo processo. Com os números, a Semac os insere em uma plataforma digital em parceria com a ANA, verificando o acúmulo de água. A partir dessa leitura, é possível saber a variação do nível de água em cada barragem, e se antecipar aos problemas causados pelo baixo nível dos reservatórios ou em caso de extravasamento da água, em condição de cheia. A equipe técnica da Semac realiza, além da medição de vazão, a análise da água, para medir sua condição e os processos de ocupação dos entornos.

O acompanhamento é público e pode ser consultado pelo portal SerHidro, desenvolvido pela Semac. O observatório é dedicado à produção de dados, informações e conhecimento sobre a gestão dos recursos hídricos do estado de Sergipe, e é integrante da Rede Sergipana de Observatórios, abrangendo diversos aspectos a respeito dos recursos hídricos estaduais. Ele está dividido em módulos que facilitam a busca por dados e informações, e dentre eles está o monitoramento das barragens, com gráficos, índices, mapas e milhares de dados disponíveis gratuitamente.

Importância

As barragens possuem uma grande importância para o desenvolvimento de diversas regiões do estado. A principal delas é a Barragem Sindicalista Jaime Umbelino de Souza, conhecida como Barragem do Rio Poxim, no Povoado Timbó, em São Cristóvão. Ela é a maior barragem do estado em questão de acúmulo de água, com um volume de armazenamento entre 28 e 29 hectômetros cúbicos. Desta forma, ela chega a 520 hectares de espelho d’água, e sua principal função é armazenar água para abastecimento público. “Ela atende toda a Grande Aracaju e é fundamental porque o estado não tem um aporte de água tão grande. Nossa maior potência hídrica é o Rio São Francisco. Essas barragens têm uma importância grande de manter o abastecimento público em determinadas regiões que, às vezes, a adutora não atende, além de auxiliar agricultores e indústrias”, ressaltou José Venâncio Oliveira.