Aracaju, 17 de novembro de 2025

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Projetos da rede pública estadual de ensino ampliam consciência ambiental de estudantes

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Projetos da rede pública estadual de ensino ampliam consciência ambiental de estudantes---17 DE NOVEMBRO 25

Segunda-Feira, 17 de Novembro de 2025 às 14:15:00

Iniciativas reforçam mostram como práticas sustentáveis podem transformar comunidades e inspirar novos hábitos

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Diante das discussões globais intensificadas pela 30ª Conferência da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre Mudanças Climáticas (COP 30), a Secretaria de Estado da Educação (Seed) consolida o fortalecimento de projetos de educação ambiental nas unidades escolares da rede pública estadual de ensino. Pautadas na promoção da consciência ecológica e de práticas sustentáveis, as iniciativas evidenciam o compromisso institucional das escolas sergipanas com a formação integral dos estudantes aliada ao desenvolvimento de ações que contribuam para a construção de uma cultura de responsabilidade socioambiental, além de estarem articulados com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU.

Em todas as regiões do estado, as escolas estaduais desenvolvem projetos que fortalecem a educação ambiental no cotidiano escolar. As ações incluem hortas pedagógicas, reaproveitamento de materiais que antes seriam descartados em locais inapropriados, substituição por energia limpa e atividades interdisciplinares voltadas à preservação dos recursos naturais. Com o engajamento de alunos, professores e gestores, essas iniciativas reforçam o papel da escola na formação de atitudes responsáveis e comprometidas com o equilíbrio ambiental.

São ações como o projeto ‘Smart Solar’, realizado no Centro de Excelência Profissionalizante Professora Neuzice Barreto, em Nossa Senhora do Socorro, município da Grande Aracaju. A iniciativa consiste em um kit solar inteligente instalado na parte superior de guarda-sóis utilizados nas praias. O kit capta a energia do sol por meio de um painel fotovoltaico, armazena essa energia em uma bateria interna dimensionada pelos próprios alunos e a disponibiliza para carregar dispositivos como telefones celulares, headphones, notebooks, relógios inteligentes e tablets, utilizando exclusivamente energia solar.

“O ‘Smart Solar’ se apresenta como uma solução sustentável, prática e inovadora, unindo energia limpa, autonomia e conectividade. O projeto demonstra o potencial dos alunos do Neuzice Barreto de desenvolver tecnologia com impacto social real, fortalecendo a educação técnica e a inovação no Estado de Sergipe. Embora ainda precise de algumas melhorias, o protótipo já está validado pelo público e se mostra promissor como um recurso moderno e eficiente para melhorar a experiência dos frequentadores das praias brasileiras”, conta o professor orientador do projeto, Marcos Oliveira.

Já o Centro de Excelência Professor Hamilton Alves Rocha, no município de São Cristóvão, também na Grande Aracaju, desenvolve o projeto ‘Biocerâmica’. A proposta é transformar resíduos de casca de ovo em um biomaterial com potencial de aplicação na área de odontologia. O diferencial da iniciativa está em ter sido inteiramente construído a partir dos conhecimentos adquiridos em sala de aula, permitindo que os estudantes apliquem, de forma prática, os conteúdos estudados e experimentem o impacto real da ciência como instrumento de inovação e transformação no ambiente escolar.

Na Escola Estadual 8 de Maio, em Aracaju, um projeto de criação de tilápias em caixas d’água envolve estudantes do 4º e do 5º anos do Ensino Fundamental de forma interdisciplinar. Em Matemática, eles calculam ração, peso e produzem gráficos; em Ciências, aprendem sobre meio ambiente, uso da água e cuidado com os animais; em Português, registram a experiência em textos e desenhos; e em Geografia, pesquisam a piscicultura em diferentes regiões. As atividades fortalecem habilidades financeiras e empreendedoras e permitem que os alunos vivenciem, na prática, conceitos de sustentabilidade.

“O projeto foi escrito de modo a atender ao ensino, tornando-o mais interessante, aproveitar a expertise das comunidades e criar uma fonte de renda, tanto para o consumo interno, como para venda. Escolhi a tilápia por perceber, a partir de estudos, que esse peixe atenderia bem ao projeto por ser rústico e com rápido desenvolvimento para o consumo”, compartilha o professor Éder Theodoro dos Santos, um dos orientadores do projeto.

Já no Colégio Estadual Jornalista Paulo Costa, também localizado na capital sergipana, a educação ambiental é passada para os alunos por meio de hortas pedagógicas. A partir delas, os estudantes aprendem sobre ciclos naturais, nutrição, responsabilidade e trabalho coletivo, enquanto cultivam verduras e temperos que abastecem a merenda escolar ou são levados para casa. Além disso, ações de plantio de mudas nativas, campanhas de redução do uso de plástico, rodas de conversa e oficinas de reaproveitamento fazem parte do cotidiano de muitas unidades escolares.
 
Com iniciativas que aliam teoria e prática e envolvem toda a comunidade escolar, os projetos desenvolvidos na rede pública estadual de ensino reforçam o papel da educação como agente fundamental na construção de uma sociedade mais consciente e comprometida com a preservação do meio ambiente. Em um momento em que o mundo volta suas atenções para a 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP 30), as ações implementadas nas escolas sergipanas evidenciam a relevância de investir na formação de estudantes capazes de compreender os desafios ambientais e atuar de maneira ativa e responsável na busca por soluções sustentáveis.