Saiba quem é a viúva presa por suspeita de envolvimento na morte do marido advogado em Aracaju
Advogado criminalista foi morto a tiros e o filho dele, um adolescente, também foi baleado; cirurgiã plástica Daniele Barreto foi presa na manhã desta terça (12).
Por g1
12/11/2024 17h27 Atualizado há 16 horas
Advogado José Lael de Souza Rodrigues Júnior e a médica Daniele Barreto — Foto: Reprodução/ Redes Sociais
Advogado José Lael de Souza Rodrigues Júnior e a médica Daniele Barreto — Foto: Reprodução/ Redes Sociais
A cirurgiã plástica Daniele Barreto foi presa, na manhã desta terça-feira (12), em Aracaju, suspeita de envolvimento no assassinato do marido dela, o advogado criminalista José Lael de Souza Rodrigues Júnior, 42. Além da viúva, outras quatros pessoas foram presas. O crime aconteceu no dia 18 de outubro e também deixou ferido um adolescente, enteado da suspeita.
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Segundo o delegado-geral da Polícia Civil, Thiago Leandro, as investigações iniciais tinham duas vertentes. “Por ele ser advogado criminalista, ele tinha uma clientela do crime organizado, de facções criminosas. Focamos muito nessa linha de investigação, mas também tínhamos uma vertente passional”, explicou. A investigação resultou nas prisões realizadas nesta terça.
“A esposa está presa como suspeita do assassinato e da tentativa de homicídio contra o enteado dela. Assim como outras pessoas estão presas”, disse o delegado da Polícia Civil , Thiago Leandro.
Segundo pessoas próximas a família, o casal estava junto há pelo menos 10 anos e teve um filho. Nas redes sociais do advogado, ele exibia fotos do casal em viagens, além de mensagens românticas para a esposa. O perfil da médica, que possui 145 mil seguidores, está fechado.
Ainda de acordo com o delegado, a Polícia Civil vai repassar mais informações sobre a investigação do caso em coletiva de imprensa que será realizada nesta quarta-feira (13).
Ao g1, o advogado de defesa da suspeita informou que ela deve passar por uma audiência de custódia também nesta quarta, e que no momento não pode prestar mais esclarecimentos.
Sobre a prisão da médica, o Conselho Regional de Medicina de Sergipe informou que não vai se pronunciar sobre o assunto, por se tratar de algo referente à vida privada da profissional.
O crime
Na noite de 18 de outubro, dois homens desceram de uma motocicleta e dispararam contra o carro do advogado, que estava junto com o filho, fruto de outro relacionamento. Os dois foram baleados e socorridos, mas o advogado José Lael não resistiu.
O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Polícia Civil está à frente das investigações.
Advogado e filho são baleados dentro de carro na Zona Sul de Aracaju
Médica cirurgiã plástica Daniele Barreto — Foto: Reprodução/ Redes Sociais/Arquivo
Médica cirurgiã plástica Daniele Barreto — Foto: Reprodução/ Redes Sociais/Arquivo
José Lael de Souza Rodrigues Junior, de 42 anos — Foto: Arquivo pessoal
José Lael de Souza Rodrigues Junior, de 42 anos — Foto: Arquivo pessoal
Advogado foi morto em emboscada após comprar açaí a pedido da esposa
em 13 nov, 2024 11:04
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Os detalhes foram apresentados pela Polícia Civil na manhã desta quarta-feira, 13. (Foto: Portal Infonet)
A Polícia Civil detalhou em entrevista coletiva nesta quarta-feira, 13, a investigação do DHPP que apontou que o advogado criminalista José Leal de Souza Rodrigues Junior foi morto em uma ação planejada pela esposa e por uma amiga dela.
A vítima foi morta após sair para comprar um açaí, pedido feito pela própria esposa, no dia 18 de outubro. Ela teria informado a localização dele aos executores.
O carro do advogado foi seguido por uma motocicleta e por um carro, que teria sido alugado pela amiga da médica. Após o crime, a polícia teve acesso as imagens que mostram a amiga e a secretária da médica saindo do carro dos suspeitos.
Estão presas cinco pessoas: a médica, a amiga dela, a secretária da médica, e os dois homens executores. Um sexto suspeito permanece foragido.
A irmã do advogado, a médica Rosane Rodrigues, esteve na SSP durante a coletiva e informou a imprensa que a família já vinha desconfiando das atitudes da suspeita após a morte do marido. “O comportamento não foi o comportamento de uma viúva, porque nós estamos dilacerados. Foi um comportamento muito estranho, ela não participou do sepultamento no dia, a cidade pequena, chegou aos nossos ouvidos que ela havia ido ao cabeleireiro logo depois. Ela mandou uma empresa de limpeza limpar o sofá e as cadeiras para tirar o cheiro dele dentro de casa” lamentou a irmã.
Motivação
Um sexto suspeito permanece foragido. (Foto: Portal Infonet)
De acordo com a polícia, a motivação do crime seria desconfianças da vítima sobre uma relação da esposa com pessoas próximas a ela, além de supostas questões relacionadas a valores financeiros em torno de um possível divórcio.
Ao ser questionado pela imprensa sobre o caso ser um crime passional ou financeiro, o delegado geral da Polícia Civil, Tiago Leandro, mencionou que seria causado por uma mistura de ciúmes e patrimônio. “O patrimônio do casal é um patrimônio alto. Ela é uma médica bem sucedida, então gerou a questão de ciúmes, a questão afetiva e a questão da divisão patrimonial” disse.
Outro fator seria a desconfiança do advogado sobre um relacionamento extraconjugal da esposa com uma amiga dela. Na noite anterior ao crime, no dia 17 de outubro, teria acontecido uma desavença entre o casal, segundo informações da delegada do DHPP, Juliana Alcoforado.
Segundo a polícia, a amiga e a secretária da médica estavam no carro dos suspeitos (Foto: SSP/SE)
“A vítima tinha fortes suspeitas, e externava para terceiros, de que a esposa estaria tendo essa relação com pessoas próximas. Pela desconfiança, ele tentou flagrá-la e houve uma discussão um dia antes do crime, no período da noite”, revelou a delegada.” completou a delegada.
Durante a investigação, imagens de câmeras de segurança evidenciaram que alguém com conhecimento da rotina da vítima colaborou para a prática do crime, assim como detalhou a delegada Juliana Alcoforado. “Os veículos envolvidos na ação já estavam circulando pelas imediações e somente pararam junto ao portão do prédio no exato instante em que o advogado entrava no elevador quando ia adquirir um produto solicitado pela própria esposa”, relatou.
*Por Marina de Sena e Aisla Vasconcelos