Aracaju, 6 de novembro de 2025

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Grupo formado por estudantes da rede pública presta homenagem a Elza Soares em novo espetáculo

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ELZA SOARES HOMENAGEADA

Espetáculo ‘A Elza que vi’ será protagonizado pelo Grupo ParlaCênico de Teatro, e estreia na próxima terça-feira, 5, em Aracaju
Foto 1
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O Grupo ParlaCênico de Teatro, integrado por estudantes da rede pública estadual em Sergipe, estreia na próxima terça-feira, 5, no Teatro Atheneu, em Aracaju, sua 12ª produção: o espetáculo ‘A Elza que vi’, em homenagem à cantora brasileira Elza Soares. Além da apresentação de estreia, que ocorrerá às 14h30, as performances também se darão no dia 6, às 9h30 e às 14h30; e no dia 19 de novembro, às 9h30, às 14h30 e às 20h.

Um dos criadores e coordenadores do projeto, o professor Evanilson de França, comentou que o desejo de homenagear a cantora Elza Soares surgiu a partir de vários fatores. “Como trabalhamos com a equidade racial e de gênero, Elza contempla essa interseccionalidade. Além de ser uma mulher negra, ela era uma cantora respeitada no mundo todo. No fim do século XX, no começo dos anos 2000, ela chegou a ser considerada a voz do milênio pela BBC de Londres. Era uma artista fenomenal”, relatou.

O ParlaCênico é mais uma estratégia estruturante do ‘Projeto Alma Africana: reconhecendo as diferenças, esperançando a equidade’. Ao longo dos seus 19 anos de existência, o Alma Africana já foi contemplado com vários prêmios, a exemplo do ‘Professores do Brasil’, Selo ODS (2023 e 2024), Troféu ODS e Prêmio Educar-SE. Ele composto por 13 ações estratégicas, que vão desde a realização de vivências em comunidades quilombolas, passando pela publicação de antologia literária, realização de pesquisas de campo e produção de um espetáculo de teatro.

Formado no ano de 2009 e trabalhando no registro do teatro negro, o ParlaCênico, por meio do subprojeto ‘A escola pública vai ao teatro’, já levou aos teatros sergipanos gratuitamente quase 30 mil estudantes de escolas públicas, atuando também na formação de plateia para teatro.

No último dia 26 de setembro, em São Paulo, a coordenação do projeto subiu ao palco para receber o Prêmio Educar com Equidade Racial e de Gênero. A premiação representa a grandeza e relevância do Projeto para o combate ao racismo, ao machismo, à LGBTfobia e a todas as formas de marginalização dos seres humanos.

O projeto vem sendo realizado nos últimos anos no Centro de Excelência Nelson Mandela, em Aracaju, e tem como coordenadores as professoras Gilmara de Souza Neto e Adalcy Costa dos Santos, e o fundador, professor Evanilson Tavares de França.