Veneza II reivindica obras de infraestrutura e garantia de qualidade de vida na comunidade
Localizada numa área privilegiada em Aracaju, onde está o Centro Administrativo do Estado, a Veneza II foi abandonada, talvez porque os desembargadores do Tribunal de Justiça, conselheiros do Tribunal de Contas do Estado, defensores públicos e promotores públicos estaduais não tenham a aventura de viajar de ônibus ou pisar na lama e tomar poeira na cara, quando faz sol, além dos riscos de assaltos, comentam moradores.
Tribunal de Justiça, Ministério Público Estadual e Tribunal de Contas são alguns dos órgãos instalados em palacetes na região do Veneza II e do outro lado estão os “favelados” e desprezados pelo poder público, os mesmos que garantem as mordomias das autoridades bafejadas pela sorte, conforme contam alguns desvalidos.
‘Buracos demais impedem ônibus e táxis de circularem normalmente no Veneza II. Os pedestres não têm como pegar ônibus aqui e têm que andar muito’, denuncia Maria das Dores Romão, correndo o risco de ser assaltada e não tem como andar direito e até para passar com as crianças, quando está chovendo é ruim.
Marli de Souza diz que o ônibus faz outro itinerário, porque os moradores do Veneza II foram esquecidos. ‘Esse bairro precisa ter urbanização, para acabar com ratos e lixo’, reivindica, acrescentando que a Rua B, por exemplo, não existe para o poder público.
Joseilda Nunes disse que já desistiu de viajar de táxi, porque nenhum motorista quer se aventurar, uma vez que pode ter um grande prejuízo com os buracos.
Os taxistas dizem que o desgaste das peças dos carros é enorme e todos que vão lá, têm prejuízo.
O comerciante José Jonas dos Santos disse que as crianças são expostas aos riscos de contrair uma doença, por causa dos esgotos que correm normalmente nas vias do Veneza II.
‘Tem momento que quando a água corre muito, as pessoas têm que passar pelo meio-fio e não têm como passar. Queremos sair desse sufoco’, suplica Jonas.
Vadson Santos já fez várias reivindicações e diz que em 2011 ele apresentou uma série de reivindicações, que ficou arquivada na Prefeitura de Aracaju.
Até agora ninguém da Prefeitura apareceu para oferecer uma solução de vida digna para a comunidade, lamenta Vadson.
A assessoria de Comunicação Social da Empresa Municipal de Urbanização (Emurb) diz que não existe projeto para pavimentação imediata do local, mas fará serviços paliativos, a fim de amenizar o sofrimento dos habitantes do Veneza II.
Por Cláudio “Botafogo” Messias