Saúde

SMS realiza reunião para alertar sobre a Microcefalia


clique para ampliar
clique para ampliarCoordenadora de Vigilância Epidemiológica, Raulina Gomes orientou os gerentes
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Na tarde desta terça-feira, 24, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) reuniu os gerentes das Unidades de Saúde da Família (USFs) da 1ª a 4ª região para passar orientações sobre como proceder quanto aos casos e suspeitas de Microcefalia em Nascidos Vivos residentes na Capital. Até o momento, foram notificados 13 casos de Microcefalia em residentes de Aracaju e, de acordo com o último pronunciamento do Ministério da Saúde, o Zika vírus é a principal hipótese relacionada aos casos da doença que, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), é uma malformação congênita em que o cérebro não se desenvolve de maneira adequada, para idade e sexo. Na quarta-feira, 25, a reunião será realizada para os gerentes da 5ª a 8ª região.

Durante a reunião, a coordenadora de Vigilância Epidemiológica de Aracaju, Raulinna Gomes, alertou aos gerentes sobre a gravidade do problema e passou instruções de como orientar a população. “Todos os gerentes das unidades estarão sendo capacitados sobre a microcefalia e eles serão os multiplicadores dessas informações nas unidades de saúde. Nosso objetivo é que cada um atue em seu território, mobilizando toda a comunidade para a gravidade do problema. Nosso foco é atuar na prevenção, ou seja, na fonte do problema, que é o mosquito Aedes aegypti. É preciso alertar a todos, pois esse é um problema de todos nós”, explicou a coordenadora.

Para o coordenador da Rede de Atenção Especializada (Reae), José Soares, é preciso conscientizar quem está na ponta do serviço para fazer o alerta nos seus respectivos bairros, já que cada gerente é responsável, nesse momento, por orientar a população. “A Reae está atuando junto com a Atenção Primária e outros setores, pois esse é um caso que está acontecendo numa grande proporção, mas a SMS formou uma força-tarefa para solucionar o caso. A secretaria estará decretando situação de emergência e nós estaremos vendo outros mecanismos para ter um maior suporte para solucionar esses casos e atender essas crianças que nascerão com a doença”, enfatizou.

A gerente da USF Humberto Mourão, Ana Carolina de Sá, explicou que essa é uma questão de saúde pública e não se pode fingir que o problema não existe. “Sabemos que já tem casos confirmados de microcefalia e a solução é fazermos um trabalho de prevenção nas unidades. Não podemos cruzar os braços, pois é preciso alertar a população quanto à prevenção. Essa reunião serviu para termos noção da gravidade desse problema e também para tirar algumas dúvidas sobre como proceder com os casos suspeitos. O segredo agora é agir, para que esse número não aumente”, ressaltou.

“É um momento muito importante para nós que somos gerentes. Na minha unidade já estou fazendo essa busca ativa, uma faixa de, no mínimo, cinco notificações por dia e sempre realizo coletas de sangue para a sorologia que confirma casos de Dengue e Chikungunya. Um dos casos de Chikungunya é da minha área e ele já está recebendo tratamento. Agora estamos fazendo roda de conversa e orientando nas salas de esperas sobre como se prevenir do Aedes, que também transmite o Zika vírus. Falamos muito sobre a questão do uso de repelente natural, que pode ser usado em qualquer pessoa, inclusive nas gestantes”, frisou a gerente da USF Dona Sinhazinha, Gleide Siqueira.

Orientações

A SMS orienta a população e, principalmente, as gestantes, que precisam ter um acompanhamento gestacional em consultas pré-natal, realizando os exames recomendados pelos profissionais de saúde. Também é preciso evitar o contato com pessoas com febre, exantema ou infecções.

Devido à suspeita de que casos de microcefalia estejam relacionados à vírus transmitido pelo mosquito Aedes Aegypti, a adoção de medidas que possam reduzir a presença do vetor é primordial, principalmente com a eliminação dos criadouros nas residências. Proteger-se de mosquitos, manter portas e janelas fechadas ou teladas, usar calça e camisa de mangas longas e utilizar repelentes permitidos para gestantes.

A Secretaria Municipal de Saúde atualizará as informações semanalmente ou de acordo com os pronunciamentos do Ministério da Saúde (MS).