Cadê você?

Por que os deputados escondem do povo quem vota a favor ou contra nos vetos do Governo?


claudioJUSTIÇA

O deputado estadual Gustinho Ribeiro, PSD, pediu a Assembleia Legislativa que devolva, simbolicamente, o mandato de parlamentar estadual do seu avô Rosendo Ribeiro Filho (Ribeirinho), que foi cassado pelos militares, durante a Revolução, quando exercia a presidência do parlamento estadual. É uma questão de justiça.  Após a cassação, Rosendo conseguiu se eleger deputado estadual e exerceu alguns mandatos, até se retirar das disputas eleitorais diretas, passando a pedir votos para familiares.

FORÇA

Uma prova de sua força política em Lagarto e região é que o ex-deputado estadual Ribeirinho conseguiu ajudar o neto Gustinho Ribeiro a se eleger e reeleger parlamentar estadual, seguindo a tradição política da família de sempre ter um representante no parlamento sergipano.

MICROFONES

Atendendo ao clamor dos parlamentares de oposição, o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Luciano Bispo, PMDB, mandou religar os microfones da bancada de oposição. Capitão Samuel, PSL, que fez a queixa, agradeceu ao atendimento. Finalmente, a oposição voltou a ter  voz no parlamento estadual. Claro que os parlamentares opositores do Governo estavam aparteando e fazendo outros procedimento, mas nos microfones emprestados pelos colegas da situação.

APROVADOS

Os 34 aprovados no concurso público de perito criminal terão que fazer um curso de aperfeiçoamento classificatório com outros que conseguiram aprovação mais distante e aí fica a dúvida: todos serão nomeados, já que o Estado chamará apenas seis? E se estes seis ficarem numa classificação bem atrás dos outros que agora farão o curso, como eles ficarão? A Secretaria de Estado da Segurança Pública de Sergipe precisa dar uma explicação plausível. O povo quer e exige transparência.

POLICIAIS

O resultado do último concurso público para a Polícia Civil deu como aprovados 80 candidatos, que teriam que ser convocados para o curso prático e teórico na Academia de Polícia. Até aí tudo bem. Acontece que, agora, a SSP está convocando 500 dos concursados para um curso de qualificação e com critério classificatório e gera a dúvida dos 80 primeiros classificados como agentes de polícia e os 30 escrivães, eles serão aproveitados ou aqueles que tiraram uma nota menor no concurso e forem bem melhor na qualificação, terão prioridade na nomeação?  Mais uma para o Governo do Estado descascar o abacaxi.

RESERVA

Por enquanto a SSP argumenta que precisa fazer um “cadastro reserva” dos aprovados nos concursos públicos para perito criminal e agente de Polícia Civil, portanto, vai promover um curso de capacitação, com cerca dos 500 primeiros classificados no concurso público. Mesmo assim, não convence ao pessoal que ficou entre os 100 classificados.

DESEMPREGADOS

Aprovados nos concursos públicos da Polícia Civil e de perito criminal pediram demissão do emprego, certos de que seriam logo convocados para o aperfeiçoamento e depois nomeados. E agora estão como doidos, porque, de repente, a nomeação não acontecerá logo e aí sem o mel e nem a cabaça e ainda desempregados e desesperados em Sergipe. Coisas do Brasil.

INFORMAÇÕES

Francisco Gualberto, líder da situação na Assembleia Legislativa garantiu ao colega deputado de oposição Valmir Monteiro, PSC, que irá trazer informações sobre as obras que o Governo realiza com recursos do Proinvest, que tanta polêmica gerou e só foi aprovado pela oposição, porque o falecido governador Marcelo Déda, PT, pediu pelo amor de Deus que aprovassem, porque as obras são para os sergipanos. Na época, o empresário Edvan Amorim, mesmo sem mandato, manobrou no parlamento para atrapalhar Déda e prejudicar os sergipanos, porque seu irmão senador Eduardo Amorim, PSC, antes aliado de Déda e com o qual ganhou o mandato de senador, era candidato ao Governo de Sergipe. Amorim foi derrotado por Jackson Barreto, PMDB, que herdou o mandato de Déda, na qualidade de vice e com a morte do titular.

INFORMAÇÕES

Valmir Monteiro quer saber do secretário de Estado da Fazenda, Jefferson Passos, como andam as finanças de Sergipe. Constitucionalmente, Passos tem a obrigação de oferecer informações periodicamente a Assembleia Legislativa, comparecendo ao legislativo para conversar com os deputados sobre receitas e despesas estaduais.

ESCONDIDO

A votação de vetos do Governo do Estado aos projetos aprovados no parlamento estadual é secreta. Como os parlamentares são representantes da população, está na hora de fazer as coisas as claras e mudar. Ou seja, as votações têm que ser claras, para que o povo saiba como o seu representante está se comportando. Não é mais tempo de esconder e sim de se integrar com o povo e saber o que está acontecendo.

SERVIDORES

Os servidores públicos estaduais lotados nas empresas que entraram na reforma política, não mais serão demitidos. A garantia foi dada pelo governador Jackson Barreto de Lima, PMDB, ao seu líder na Assembleia Legislativa, Francisco Gualberto, PT. Com isso, Jackson cumpre o acordo feito com os parlamentares, para alívio do pessoal, principalmente aqueles que estão próximos da aposentadoria.

VOTAÇÃO

Na votação que derrubou o veto do governador Jackson Barreto de Lima, PMDB, ao projeto aprovado na Assembleia, que garantia estabilidade de emprego para os servidores, um voto foi a favor do veto e contra os trabalhadores e os demais 21 votos em prol dos barnabés. Nos corredores do parlamento tinha gente garantindo que o voto contra os servidores foi de Maria Mendonça, PP, para mostrar seu descontentamento com Jackson, de quem se tornou adversária, já que Jackson acordou com os deputados manter o acordo que aprovou a reforma e garantia o emprego. Como a votação é secreta, fica no campo da especulação.

PALAVRA DE FÉ

Itabaianense de boa cepa, Luciano Bispo, PMDB, aprendeu com os pais e outros conterrâneos que palavra de homem não vota atrás, portanto, o acordo de Jackson Barreto com os deputados, incluindo a oposição, de que manteria o emprego dos servidores e, portanto, o veto dele ao projeto que dá esta estabilidade tinha que ser derrubado, unindo situação e oposição, tinha que ser mantido. Acordado é acordado, porque depois que se quebra um acordo, fica difícil dormir, comentou Luciano Bispo, corroborando com a opinião da maioria dos colegas parlamentares. Em tempo: os deputados Antônio dos Santos, PSC, e Venâncio Fonseca, PP, não votaram na sessão dos vetos. Santos teve que se ausentar, para participar dos funerais de uma tia e Venâncio está licenciado, por conta de um acidente automobilístico, e por imposição médica tem que se recuperar, antes de voltar ao batente.


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