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Luciano Pimentel aponta deficiência no efetivo militar em Sergipe


Preocupado com a incidência da violência em Sergipe, nos últimos anos, o deputado estadual Luciano Pimentel (PSB) ocupou a tribuna da Assembleia Legislativa, na manhã dessa quinta-feira (7), para apontar deficiências no efetivo da Polícia Militar. O parlamentar apresentou uma série de números relacionados à estimativas do crime nos últimos anos e entende que a Secretaria de Segurança Pública (SSP) precisa rever a distribuição dos policiais, em especial, no interior do Estado.

Ao fazer uso da palavra, Luciano Pimentel destacou que a questão da Segurança Pública é uma problemática nacional e lamentou que Sergipe o controle da violência tenha perdido o equilíbrio. “Há total desequilíbrio entre a sociedade e a marginalidade. Há uma necessidade grande de novos homens para o policiamento efetivo e preventivo. Em 2015 a Segurança Pública tinha um efetivo de 5.463 homens. Em 2016 eram 5.406 e, em 2017 já caiu para 5.367”.

“Temos uma população crescente, uma violência crescente e a força policial sendo reduzida em contingente. Na Polícia Civil tivemos um pequeno crescimento entre 2015 e 2016, mas em 2017 já recomeça o decréscimo! No Corpo de Bombeiros saímos de 580 homens em 2015 para 550 em 2017. O efetivo da PM, por exemplo, em 2015 eram 4.060 e, em 2017, passamos a ter 3.872. E a maior gravidade está na distribuição desses militares pelos municípios sergipanos”, completou o deputado estadual.

Luciano Pimentel lembrou que, no Brasil, em 2017, 552 policiais foram mortos durante a atividade profissional e, em 2016, foram 335 fora do momento de trabalho, a maioria vítima de latrocínio. “No ano passado, em Sergipe, 58 policiais foram mortos em latrocínios, um número bastante significativo. Foram 1.123 homicídios dolosos no nosso Estado em 2017. É um Estado pequeno ocupando um lugar de destaque negativo. E 646 eram jovens entre 15 e 29 anos”.

“12 eram idosos, 105 ficaram entre os 45 e 64 anos. 313 dos assassinados estavam entre 30 e 44 anos. Temos que buscar alternativas, melhorar a educação, melhorar a formação, a qualificação profissional e a geração de emprego para que os nossos jovens possam se ocupar. A Segurança Pública em nosso Estado está em completo descontrole! Em 2015 foram 355 estupros, em 2016 foram 413 e, no ano passado, 408 registros”, acrescentou o parlamentar.

Efetivo

Em seguida, Luciano Pimentel alertou para a desproporcionalidade do efetivo policial nos municípios sergipanos. “Tem um projeto de lei tramitando no Senado Federal que, pela sua concepção, tem-se um policial para 300 habitantes. Pela sua formatação, eram necessários 7.625 policiais a serviço da população do nosso Estado. Em Itaporanga, onde eu alertei recentemente sobre o crescimento da violência, em um município com 54 povoados e 34 mil habitantes, seriam necessários 114 policiais, mas o efetivo disponível é de apenas 20 homens! É um policial para 1.705 habitantes”.

“Para se ter uma ideia da desproporcionalidade, em Aracaju, eram necessários 2.167 militares, mas nós temos 3.407 homens trabalhando. Em Umbaúba, por exemplo, temo um PM para 2,5 mil habitantes! Aqui na capital a estatística é de um PM para 191 habitantes, e ainda sim temos uma violência gritante. É preciso que isso seja conversado e revisto pelo secretário de Segurança para que ele avalie os parâmetros utilizados na distribuição desses homens”, finalizou, sendo aparteado pelos deputados Antônio dos Santos (PSC) e Maria Mendonça (PSDB).