João Alves não vai disputar sucessão de Jackson Barreto

O prefeito de Aracaju, João Alves Filho, DEM, muda todo o panorama das eleições de outubro, forçando os partidos a repensarem o processo eleitoral, buscando novas alianças. Ele decidiu ficar no comando da capital, mas não ficará fora do pleito, uma vez que comandará o grupo político que disputará o pleito, através de alianças.

“É da minha natureza, dos meus princípios, nunca abandonar a luta. Refleti e entendi que tenho muito o que fazer por Aracaju, principalmente na área da Saúde, que me preocupa sobremaneira. Pedi iluminação a Deus e descobri que a melhor forma é permanecer na Prefeitura”, afirmou o prefeito, durante entrevista coletiva na última sexta-feira, no auditório da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL).

Assegura João que foi uma decisão pensada e discutida com seus familiares. “Eu tomei essa decisão em comum acordo com a minha família e com o vice-prefeito José Carlos Machado (PSDB). Quero muito bem a Machado. Agora é o natural que eu converse sobre as possíveis coligações, mas as minhas preocupações são com o povo de Aracaju. Na hora certa, discutiremos que tipo de aliança faremos”, acentuou.

Apostando na longevidade, João não perdeu a esperança de retornar ao Governo pela quarta vez. “Eu sei que ainda tenho tempo para disputar eleições. Conversei com São Pedro e sei que ele vai me deixar por aqui até completar 100 anos. A gente não vai parar por ai. A minha decisão não foi fácil, quero atender os 100% dos compromissos que assumi com a população aracajuana, principalmente na Saúde. Se eu não resolver os problemas da Saúde, prejudico a cidade. Essa saúde vai ter que ter jeito”, afirmou.

Além das obras estruturantes que Aracaju precisa, principalmente no bairro Santa Maria, foco de constantes reclamações, além de áreas da zona norte, o prefeito de Aracaju assegura que manterá constantemente o diálogo com os servidores e tudo será concedido dentro dos limites financeiros dos cofres públicos municipais.

Com a decisão de João, a sucessão estadual poderá ficar entre o governador Jackson Barreto, e os senadores Eduardo Amorim, PSC, e Antônio Carlos Valadares, PSB, uma vez que as posições dos partidos destes dois últimos são no sentido de que apresentarão candidatos majoritários estaduais. Podem surtir outros nomes, mais ligados à esquerda.  (Por Cláudio “Botafogo” Messias)