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Fiscais encontram trabalhadores escravos em cruzeiro de luxo, no porto de Salvador


Fiscais flagram trabalho análogo à escravidão em cruzeiro da MSC

Segundo MPT, trabalhadores cumpriam jornada de até 11 horas diárias, eram humilhados e sofriam assédio sexual

MPT

Funcionários resgatados estavam a bordo do navio MSC Magnifica, em Salvador, na Bahia

O Ministério Público do Trabalho (MPT) resgatou  11 trabalhadores em situação análoga à de escravo em um cruzeiro da MSC, no Porto de Salvador.

Segundo o MPT, os profissionais eram empregados da MSC Crociere, empresa que explora cruzeiros marítimos, e estavam a bordo do navio MSC Magnifica, que esteve na cidade baiana entre 8h e 17h. 

A equipe cumpria jornadas de trabalho de até 11 horas diárias, sofria assédio moral, dentre outras irregularidades, na análise do MPT.

 

As denúncias feitas por trabalhadores do navio vinham sendo apuradas desde o início do mês, quando uma primeira inspeção foi feita na embarcação no Porto de Santos, litoral paulista.

“Nos depoimentos, os 11 trabalhadores relataram que ficaram sujeitos a jornadas de trabalho de 11 horas ou mais, sem direito a folgas, e que sofriam constantemente assédio moral, com cobranças excessivas, humilhações, punições e até assédio sexual”, destaca nota do MPT.

MPT

Polícia Federal entra no navio MSC Magnifica, em Salvadora, na Bahia

A força-tarefa que realizou o resgate dos trabalhadores é composta por MPT, Ministério do Trabalho e Emprego, Defensoria Pública da União e Secretaria Nacional de Direitos Humanos, com o apoio da Polícia Federal.

Procurada, a MSC Crociere informa, em nota, que está em total conformidade com as normas de trabalho nacionais e internacionais e está pronta para colaborar com as autoridades competentes.

“A MSC repudia as alegações feitas pelo Ministério do Trabalho e Emprego, do qual não recebeu nenhuma prova ou qualquer auto de infração”, acrescenta a empresa.

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