Economia

Cartões de crédito e facilidade na prestação leva ao consumo exagerado e deixa a Classe C endividada e sabendo o que é inferno


 

Ir às compras e viver no paraíso dos endinheirados é o grande sonho da chamada Classe C, que descobriu que pode consumir, mas quando as contas chegam e percebem que a satisfação tem como consequência o inferno, porque o que tem no orçamento não dá para pagar, em alguns casos, a metade do exagero consumista.

O crédito fácil ilude e muita gente que não estava acostumada a lidar com dívidas além do orçamento, entra em pânico e o nome, coisa preciosa para muita gente, é “sujado”.

Débora gasta cerca de R$ 800,00 mensalmente no salão de beleza e diz que vale a pena se manter bonita.

Ela aconselha a economizar em outras coisas, para satisfazer a vaidade e colocar a autoestima para sempre e garante que vai sempre trabalhar, portanto, nunca vai se aposentar, porque quer manter o alto padrão de vida.

Débora pode e seu exemplo de não economizar com beleza, não pode ser seguido por quem não tem condições de gastar tanto ou de investir em si.

O cobrador de ônibus Cleberson dos Santos quer comprar o maior aparelho de TV que tiver, para animar mais a família e quer um som mais potente.

Outros gastam mais do que ganham, principalmente para curtir no final de semana e ai não terá mesmo um final feliz no último dia do mês, porque estourou o orçamento e já era.

O Serasa tem pesquisa mostrando que aumentou o número de pessoas no grupo da Classe Média, representando crescimento na renda familiar e disponibilidade de crédito no mercado.

Muita gente usa o crédito como se fosse renda, esquecendo que essa “vantagem” é para as horas de sufoco.

O economista Kleber Fernandes diz que muitas vezes as pessoas têm uma renda de R$ 1 mil, mas estão com dívidas de R$ 5 mil nos cartões de crédito e têm que pagar.

Não pode confundir o crédito disponível com a renda efetiva que tem e esse é a principal questão que deve se enfrentar. É preciso ter cuidado, para não fazer esta confusão, alerta Fernandes. (Por Cláudio Messias)

 


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