Com visual estranho, Citroën C4 chega ao Brasil
Com visual polêmico, Citroën C4 Cactus será vendido no Brasil
Uma das principais novidades da Citroën no Salão de Genebra 2014 ao lado do subcompacto C1, o crossover C4 Cactus (que mistura elementos de hatch e monovolume) será vendido no Brasil. De acordo com Yves Bonnefont, diretor-geral adjunto da marca, nosso país “é destino certo” para o modelo. Ainda não existe, porém, data marcada para seu lançamento.
Feito sobre a nova plataforma da PSA Peugeot Citroën, a EMP2 (sigla para “plataforma modular eficiente”), o C4 Cactus inicia uma família ambientalmente correta de modelos da Citroën, com uso de materiais reciclados e motores mais eficientes. Além da versão de produção, a marca também já apresentou no evento suíço sua variação Aventure (atenção, não é Adventure) do carro.
- Uma característica do Cactus e de outros modelos “polêmicos” recentes, como o Juke e o novo Cherokee, é a organização diferente do conjunto óptico: o que é farol, o que é lanterna?
O Cactus começa a ser vendido na Europa até junho, a partir de 13.950 euros (cerca de R$ 44,5 mil, sem taxas). A produção será em Madri, na Espanha.
Esteticamente, o primeiro modelo da linha “verde” da Citroën manteve as características mostradas pelo protótipo Cactus Concept, mostrado no Salão de Frankfurt do ano passado (um primeiro esboço da gama, o C-Cactus, foi mostrado em 2007). Os bancos dianteiros inteiriços (em formato de sofá) e os para-choques com bolhas de ar (chamados de “airbumps”) foram mantidos.
O C4 Cactus tem 4,16 metros de comprimento, 2,60 m de entre-eixos, 1,73 m de largura e 1,48 m de altura. Quase o mesmo tamanho do Nissan Juke. O porta-malas carrega até 358 litros.
- A Citroën não perdeu tempo e já mostrou a versão cross do Cactus, a Aventure
Os motores serão de duas novas famílias, conforme já descrito por UOL Carros. O EB Pure Tech é a derivação de três cilindros e 1,2 litro do motor a gasolina, com turbo e injeção direta (THP), desenvolvido em conjunto com a BMW. Apesar do tamanho reduzido, é capaz de gerar entre 110 e 132 cavalos. Já o Blue HDi, a diesel, gera de 118 a 150 cv. O foco dos dois propulsores está na economia de combustível e na baixa emissão de poluentes. O câmbio é sempre automatizado de seis marchas.
A exemplo de outros modelos recentes, como o próprio Juke, o Jeep Cherokee e mesmo o novo C4 Picasso (veja álbuns dos três modelos ao final desta reportagem), o visual do C4 Cactus é polêmico. Alguns podem dizer que é estiloso e ousado. Outros, que é assustador.
A dianteira ainda é harmoniosa graças aos faróis afilados, mas a traseira é a parte que deve gerar mais discussão. As lanternas são pequenas demais para o tamanho do conjunto (parecem as de um Volkswagen Gol). A parte inferior da tampa do porta-malas, pintada na cor dos airbumps, só ajuda a piorar o conjunto.
POR DENTRO
Em contrapartida, o interior do C4 Cactus agrada. O banco dianteiro inteiriço, em que sentam motorista e passageiro (recurso comum em carros antes dos anos 1980), provoca curiosa sensação de aconchego e conforto.
O painel é simples e não há console central: apenas duas telas digitais de LCD, uma ao centro e uma atrás do volante, que fornecem as informações de que o motorista precisa. A economia nas linhas internas faz sentido: como será global, o C4 Cactus também precisa ter facilidade de adaptação à mão inglesa — em que os comandos ficam do lado direito.
Leia mais em: http://zip.net/bdmJrp