Belivaldo quer viúva de Déda como vice

O governador Belivaldo Chagas (PSD) irá, na próxima semana, convidar a vice-prefeita de Aracaju Eliane Aquino (PT) para integrar a chapa majoritária como pré-candidata a vice-governadora. “Surgiu a pretensão de apresentar a deputada Silvia Fontes como possível candidata a vice, pelo PDT. No entanto, a maioria esmagadora do grupo já havia decidido convidar Eliane Aquino a ser candidata a vice na nossa chapa. Ela tinha conhecimento do nosso interesse por ouvir dizer, através da imprensa. Mas eu, em nenhum momento, sentei com Eliane para fazer o convite. Pretendo fazer agora na primeira semana de junho, temos feito reuniões com partidos e lideranças, e todos têm sido unânimes na necessidade de procura-la para fazer o convite. Se ela aceitar, será nossa candidata a vice”.

Chagas conversou com o Portal Infonet sobre esse e outros temas durante o evento ‘Conversando com os Lojistas’, da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL). Confira os trechos da entrevista:

Portal Infonet – Qual sua avaliação sobre o ‘Conversando com o Lojista?’ Dá para atender os pleitos?
Belivaldo Chagas – É um momento importante, porque a gente dialoga com um segmento da sociedade importante, que paga imposto, é formador de opinião, que emprega e empreende. Se o Governo não conversa, não fala em uma linguagem transparente, não é bom para a sociedade. Trouxemos o secretário da Fazenda, que fez uma exposição do novo projeto na área de economia. Não sendo feito, não prestamos contas. É importante que reuniões como essa aconteçam e estamos à disposição da sociedade para eventos deste tipo.

Infonet – Um dos pontos que foram solicitados pela CDL era a redução da alíquota de ICMS para combustíveis. É possível que isso aconteça?
BC – Não fizemos avaliação nesse sentido porque está posto no artigo 42 da Lei de Responsabilidade Fiscal que só pode tirar imposto se encontrarmos outro. O pessoal pede redução de ICMS, de taxas, mas eu tiro de quem? Que segmento eu vou prejudicar e qual eu vou ajudar? Vamos aguardar primeiro que o Governo Federal encontre seu norte, porque não sabe o que faz em relação ao país, e veja de que forma poderá ajudar os estados a fazer uma compensação daquilo que ele mesmo retira, porque tira nossos recursos quando retira a CID dos combustíveis, especificamente do óleo diesel, diminui nossa arrecadação. É com a CID que a gente recupera as nossas estrada. Se tenho diminuição desse recurso, como vou agir? Diminuem o PIS/Confins implica em redução no Fundo de Participação dos Estados. Como a gente vai compensar? A gente aprovou um orçamento para este ano em função de um planejamento. Servidores tiveram vencimentos aumentados, a exemplo da PM, levando em consideração o orçamento. Hoje ‘chega’ e diminui? Como vou pagar a folha e cumprir nossas obrigações? Vamos aguardar que o Governo apresente um norte e vamos discutir internamente.

Infonet – Houve conversa com os médicos na semana passada para discutir a questão da isonomia salarial dos trabalhadores do Huse. Não houve acordo. O que pode acontecer para que a demanda seja atendida?
BC – Conversamos com o Sindimed para fazer os levantamentos do impacto financeiro. A Secretaria de Saúde esteve presente com a FHS e criaram uma comissão. Espero que estejam se reunindo e vou saber como anda a discussão. Não vou garantir aquilo que não posso fazer. Só sei governar com os pés no chão. Não vou ser irresponsável. Portanto vamos aguardar, as reivindicações das diversas categorias estão sendo apresentadas: magistério, reserva da Polícia Militar… Todo mundo acha que tem direitos. Perfeito. Mas e a conta, quem vai pagar? O dinheiro sai de onde? Vou sacrificar quem? Não dá para simplesmente sair abraçando toda e qualquer causa, por mais interessante, importante e que a gente concorde, sem a garantia do recurso que vá fazer o pagamento do compromisso que eu possa assumir.

Infonet – O Huse vem tendo seus corredores esvaziados. A que você acha que isso se deve? De alguma forma a campanha eleitoral tem peso, já que o senhor afirmou não estar focado nela?
BC – A nossa preocupação é diminuir o sofrimento, tratar as pessoas que para ali se dirigem como seres humanos. Houve, sim, uma redução. Até ontem, tínhamos um excesso de 240 pacientes no Hospital. Diminuímos para cerca de 90. O objetivo é zerar. Isso é fruto de um trabalho humanizado que está sendo feito com os médicos, que se dedicam. É fruto também de uma parceria com o Hospital de Cirurgia, que já vem dando resultado e tende a melhorar. Nosso objetivo é fazer com que a rede funcione como um todo, especialmente os hospitais regionais.