Política

ATENÇÃO BANDIDOS DA ELITE: Podem roubar, mas tem que ser bilhões de reais, que a Câmara dos Deputados garante


  • DENÚNCIA CONTRA TEMER

    Câmara barra denúncia contra Temer por corrupção no escândalo da JBS

    Plenário da Câmara durante a votação da denúncia contra Temer

    A denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o presidente Michel Temer não conseguiu o aval de dois terços da Câmara e foi, portanto, barrada no plenário da Casa nesta quarta-feira. Sem os 342 votos necessários para sua continuidade no Supremo Tribunal Federal (STF), o processo ficará parado até que Temer deixe a Presidência. O parecer de Abi-Ackel (PSDB-MG), contrário à instauração de processo criminal contra o presidente, foi aprovado no plenário. (VEJA COMO VOTOU CADA DEPUTADO)

    A decisão ocorreu durante a votação da bancada do Rio de Janeiro. Os votos a favor de Temer, somados às ausências e abstenções, ultrapassaram os 172 votos, inviabilizando o número mínimo de 342 votos para a continuidade da denúncia.

    A Procuradoria-Geral da República apresentou a acusação contra Temer por corrupção passiva que, se recebida pelo STF, levaria o presidente a virar réu e, assim, ser afastado do cargo por 180 dias. No entanto, apesar do aprofundamento da crise política a partir da revelação da delação da JBS pelo colunista do GLOBO, Lauro Jardim, em maio, o governo conseguiu barrar o processo.

    No total, 15 partidos (PMDB, PP, PR, PSD, DEM, PTB, PRB, PSC, Pros, SD, PEN, Pode, PTdoB, PSL e PRP) orientaram o voto sim, de acordo com o parecer de do deputado Abi-Ackel, enquanto dez partidos (PT, PSDB, PSB, PDT, PCdoB, PPS, PHS, Rede, Psol e PMB) orientaram o não, favorável à continuidade do processo contra o presidente. Apenas o PV liberou a bancada para que cada deputado decida individualmente. Ao todo, registraram presença no plenário 404 deputados. Cada deputado teve 15 segundos para votar.

    ALIADOS DE TEMER CITAM ECONOMIA

    Ao contrário da sessão que autorizou o processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, a votação da denúncia foi marcada por justificativas relacionadas ao combate à corrupção, à agenda econômica e às reformas trabalhista e da Previdência. Nesta quarta-feira, os argumentos ligados à família ou às bases eleitorais dos parlamentares ficaram de fora dos discursos no microfone do plenário. Em geral, deputados que votam contra a denúncia — dizendo sim para o relatório que impede o prosseguimento da investigação — citam medidas tomadas pelo governo na área econômica.

  • DENÚNCIA CONTRA TEMER

    ‘Eu vim do povo, meu voto é não’, diz Tiririca

    Um dos deputados mais famosos da Casa, Tiririca (PR-SP) votou contra o presidente Michel Temer.

    — Eu vim do povo, estou com o povo e contra a corrupção, meu voto é não — anunciou o parlamentar.

    (Eduardo Bresciani)

  • DENÚNCIA CONTRA TEMER

    Ex-ministro da Cultura Roberto Freire vota contra Temer

    Ex-ministro da Cultura na gestão de Michel Temer, o deputado Roberto Freire (PPS-SP) votou pelo prosseguimento da denúncia contra o ex-chefe. Freire justificou que a decisão foi tomada por sua bancada.

    — Por decisão do bancada, o PPS está orientando não. Eu acompanho a bancada. Voto não — disse Freire.

    (Eduardo Bresciani)

  • DENÚNCIA CONTRA TEMER

    A bancada do sim-não: deputados dão justificativas confusas para evitar desgaste

    O deputado Victor Mendes (PSD-MA)

    Um grupo de deputados que vota contra a denúncia aposta em justificativas confusas para evitar o desgaste de barrar a investigação contra o presidente Michel Temer.

    Ao argumentar no microfone do plenário da Câmara, os parlamentares dizem que apoiam a investigação contra Temer, porém fazem uma ressalva: que o presidente seja investigado depois que deixar o cargo, em 31 de dezembro de 2018.

    — Quero que o presidente Temer seja investigado após o seu mandato de forma que não aprofundemos a crise econômica e a crise política — afirmou o deptuado Roberto de Lucena (PV-SO).

    — Presidente Temer será investigado mais na frente — disse o deputado Victor Mendes (PSD-MA).

  • DENÚNCIA CONTRA TEMER

    Rosa Weber nega pedido da oposição contra regras da votação

    Ministra Rosa Weber

    A ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou pedido feito por deputados de oposição contra as regras definidas para o processo de votação da denúncia feita pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, contra o presidente Michel Temer. Segunda Rosa, trata-se de questão interna da Câmara, sobre a qual não cabe insterferência do Judiciário.

    Os autores da ação foram os deputados Glauber Braga (PSOL-RJ), Carlos Zarattini (PT-SP), Alessandro Molon (Rede-RJ), Alice Portugal (PCdoB-BA) e Júlio Delgado (PSB-BA). Eles pediam que fosse incluída a possibilidade de Janot se manifestar na Câmara. Também queriam que fosse à votação a acusação feita pelo procurador-geral da República, e não o parecer da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara contrário ao prosseguimento da denúncia.

    “O tema controvertido está, como visto, inteiramente vinculado ao Regimento Interno e, de modo especial, à interpretação deste pelos próprios membros da Câmara dos Deputados”, avaliou a ministra.

    Janot denunciou Temer por corrupção passiva, com base nas delações de executivos do frigorífico JBS. Mas para que ela tenha prosseguimento, é preciso o aval de dois terços da Câmara, no caso, 342 dos 513 deputados.

    (André de Souza)

  • DENÚNCIA CONTRA TEMER

    Trocado na CCJ deputado delegado Waldir não comparece

    Após ter ganhado os holofotes chamando o governo Michel Temer de “nojento” por ter sido retirado da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), o deputado Delegado Waldir (PR-GO) não compareceu à votação da autorização para a denúncia em plenário. Sua ausência termina por ajudar o presidente, uma vez que são necessários 342 votos para autorizar a denúncia.

    Trocado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) depois de anunciar voto contra o presidente Michel Temer, o deputado João Campos (PRB-GO) surpreendeu ao votar em plenário a favor do presidente. Ele justificou a mudança pela posição de seu partido.

    — Sou a favor de toda investigação, inclusive essa, mas por uma questão partidária eu voto sim — afirmou Campos.

    (Eduardo Bresciani)

  • DENÚNCIA CONTRA TEMER

    Deputado paulista é o primeiro a se abster

    O deputado Alexandre Leite (DEM-SP) foi o primeiro a se abster na votação. Ele não justificou sua decisão:

    — Eu me abstenho, senhor presidente — declarou ao ter seu nome chamado por Rodrigo Maia.

  • Maioria dos partidos orienta voto a favor do arquivamento da denúncia

    Plenário da Câmara

    No total, 15 partidos (PMDB, PP, PR, PSD, DEM, PTB, PRB, PSC, Pros, SD, PEN, Pode, PTdoB, PSL e PRP) orientaram o voto sim, que concorda com o parecer de Abi-Ackel (PSDB-MG), contrário à instauração de processo criminal contra o presidente Michel Temer. Por outro lado, dez partidos (PT, PSDB, PSB, PDT, PCdoB, PPS, PHS, Rede, Psol e PMB) orientaram o não, favorável à continuidade do processo contra o presidente. Apenas o PV liberou a bancada para que cada deputado decida individualmente. Registraram presença no Plenário 404 deputados.

    Os parlamentares já estão votando. Após a chamada de todos os parlamentares de um estado, são chamados os ausentes. Se houver pelo menos 342 votantes, o resultado poderá ser proclamado. Caso esse número não seja atingido, outra sessão será convocada, para nova votação.

  • DENÚNCIA CONTRA TEMER

    Ex-ministro do governo Temer, Serraglio falta à votação

    André Coelho

    Ex-ministro da Justiça de Michel Temer, o deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR) faltou à votação. Ele deixou o cargo já depois da delação da JBS sofrendo críticas veladas de governistas porque não teria conseguido interferir para barrar investigações.

    A ausência não passou em branco. Filho do ex-ministro José Dirceu, o deputado Zeca Dirceu (PT-PR), que é da mesma região no estado que o peemedebista disparou em seu voto:

    — Quem se ausenta é covarde.

    (Eduardo Bresciani)

  • DENÚNCIA CONTRA TEMER

    Ao contrário do impeachment, deputados justificam voto falando sobre corrupção ou mudanças na economia

    O deputado Luiz Nishimori

    Ao contrário da sessão que autorizou o processo de impeachment de Dilma Rousseff, a votação da denúncia contra o presidente Michel Temer é marcada por justificativas relacionadas ao combate à corrupção, à agenda econômica e às reformas trabalhista e da Previdência. Nesta quarta-feira, os argumentos ligados à família ou às bases eleitorais dos parlamentares ficaram de fora dos discursos no microfone do plenário.

    Em geral, deputados que votam contra a denúncia — dizendo sim para o relatório que impede o prosseguimento da investigação — citam medidas tomadas pelo governo na área econômica:

    — Pensando no bem do nosso país, no bem da nossa economia, e na credibilidade internacional, meu voto é sim — declarou o deputado Luiz Nishimori (PR-PR), declarando apoio ao relatório de Paulo Abi-ackel contra a denúncia.

    Há também parlamentares que aproveitam os poucos segundos que têm para marcar posição a favor das reformas, mas ressaltando apoio à investigação contra Temer.

    — Sim à reforma da Previdência, sim à reforma da trabalhista, sim à reforma política, sim à reforma daquilo que mais queremos que é a tributária, e aqui o voto é sim ao procurador-geral e não ao relatório — afirmou o Rubens Bueno (PPS-PR).

    Alguns deputados que votam contra a denúncia, no entanto, usam a palavra para declarar que apoiam a investigação contra Temer, porém fazem uma ressalva: que o presidente seja investigado depois que deixar o cargo, em 31 de dezembro de 2018.

  • DENÚNCIA CONTRA TEMER

    Maioria dos deputados do Norte vota a favor de Temer e Sul fica dividido

    Plenário da Câmara

    Por enquanto, a maioria dos deputados de estados da região norte que já votaram no plenário foi favorável ao arquivamento da denúncia contra o presidente Michel Temer. Os estados do Sul, por sua vez, estão mais divididos.

    Entre os parlamentares de Roraima, apenas Carlos Andrade (PHS) votou a favor da continuidade da denúncia, enquanto seis votaram pelo arquivamento. No Amapá, o placar ficou 5 a 2, a favor de Temer. No Pará, ficou 12 a 5, também pró-arquivamento da denúncia. No Amazonas, ficou 6 a 2, também com maioria a favor de Temer. Em Rondônia, ficou 5 a 3.

    Os estados do Sul ficaram mais divididos. Entre os deputados do Rio Grande do Sul, a maioria (17) votou contra Temer, enquanto outros 12 deputados se manifestaram pelo arquivamento da denúncia. Em Santa Catarina, o placar é pró-Temer, mas ficou apertado: 9 a 7. No Paraná, 13 votaram pelo arquivamento da denúncia e 8 votaram contra.

    No Mato Grosso do Sul, houve empate: 4 votaram a favor de Temer e 4 contra. Em Goiás, foram 10 votos pelo arquivamento da denúncia e 4 votos contra.

  • DENÚNCIA CONTRA TEMER

    Deputado perde a vez e apela a Maia, mas não consegue validar voto

    O deputado Marcos Reategui

    O deputado Marcos Reategui (PSD-AP) perdeu sua vez de votar, mesmo presente na sesão. Ele chegou ao microfone depois do fim dos votos de seu estado, o Amapá. Ele pediu para que seu voto fosse considerado, mas o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), negou a requisição.

    Maia argumentou que Reategui foi chamado duas vezes. O deputado respondeu que o plenário é grande, por isso não chegou a tempo ao microfone. O presidente da Câmara permitiu que ele declarasse o voto, mas informou que não computaria o voto sob risco de a sessão ser anulada já que seria um desrespeito ao rito combinado.

  • DENÚNCIA CONTRA TEMER

    Deputados brigam em plenário logo após o início da votação

    Deputados se empurram no plenário

    Minutos após o início da votação da denúncia, deputados do PMDB e do PT protagonizaram um início de confusão e troca de gritos. Segundo Henrique Fontana (PT-RS), os colegas Mauro Pereira (PMDB-RS) e Valdir Colatto (PMDB-SC) estavam provocando os petistas. Irritado, Fontana começou a gritar com o dedo em riste: “Respeite o voto”!

    O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), também se exaltou e mandou que todos os deputados que filmavam a cena se retirassem do plenário.

    (Catarina Alencastro)

  • DENÚNCIA CONTRA TEMER

    Cerca de 350 manifestantes protestam em frente à Câmara

    Manifestantes em frente à Câmara

    Cerca de 350 manifestantes estão do lado de fora da Câmara dos Deputados no momento em que os parlamentares iniciaram a votação sobre a denúncia contra o presidente Michel Temer. A estimativa é da Polícia Militar do Distrito Federal.

  • Votação tem tumulto e empurra-empura entre deputados

    O plenário registrou princípio de tumulto envolvendo deputados do Rio Grande do Sul, que votam agora o relatório contra a continuidade da denúncia contra o presidente Michel Temer. Houve bate-boca entre os deputados e empurra-empurra.