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Cinema

12 Filmes Inteligentes com cenas reais de Sexo


Hiran Albuquerque

Hiran Albuquerque

Produtor audiovisual. Adora teoria da arte, mas só desenha bonecos de palitinho

Publicado: 03/10/2014 16:21 | Atualizado: 13/01/2015 00:40

Mesmo estando no século XXI, mesmo tendo passado por várias revoluções sexuais, o sexo ainda é um tabu!

 

giphy

 

E isso não é diferente quando falamos de cinema. O sexo sempre esteve presente nas telonas, mas na maioria das vezes, é tratado com preconceito. Ainda mais se forem cenas reais.

O que nos salva (como sempre) é o cinema alternativo. Normalmente, são realizados com orçamento independente ou com produtoras ousadas. E isso faz toda diferença, pois dá mais liberdade aos diretores e roteiristas de incluir cenas “sem-a-menor-vergonha”. Vale salientar que, isso não faz desses filmes obras vazias ou meramente pornográficas.

A seguir confira uma lista com filmes para deixar qualquer cabeça latejando. Aos mais exigentes, não se preocupe, não caí no clichê de incluir Calígula ou Saló.

 

Shortbus

Shortbus – 2006

Pipocômetro:

vale pipoca turboVale Pipoca Turbo: Mega Blaster com Pipoca e Camisinhas!!!

O meu favorito da lista safada. A trama tem um club nova-iorquino como fio condutor, onde os frequentadores tem a liberdade para fazer o que bem entenderem. O lugar é como uma casa para os “excluídos”(LGBTs, gordos, idosos, artistas, etc), mas todos são bem-vindos. Personagens como uma terapeuta sexual que nunca gozou, uma dominatrix solitária e um homem em depressão, trazem à tona suas manias, taras e problemas sexuais. BEM EXPLÍCITO! Lindo, gostoso e ainda muito sensível. <3

Curiosidade: Nas cenas na sala de orgias, a equipe técnica do filme também ficou nua, para que os atores se sentissem mais à vontade. I like it. (=

 

Anticristo

Antichrist – 2009

Pipocômetro:

vale pipoca pequena

Vale Pipoca Pequena: Porque depois de algum tempo, você vai ficar enjoado.

Lars Von Trier é um depravadinho de marca maior. Esse filme tinha tudo para me ganhar, mas só conseguiu que eu passasse metade da sessão cobrindo o rosto, com medo do que poderia vir (sou medroso mesmo =~~). Começa com cenas de cair o queixo. Lindas. Sexy, mas intrigante. Fotografia foda. Mas depois, entra numa vibe filme de terror com tesouras, masturbação e machados. Vai encarar?

 

Os Idiotas

Idioterne – 1998

Pipocômetro:

vale pipoca grandeVale Pipoca Grande: Come muita pipoca, para ver se você consegue entender a loucura dessa galera.

Mais uma vez, um filme do Lars Von Trier. Nesse, os personagens agem como deficientes mentais na tentativa de atingir a total liberdade. Eles acreditam que sendo “idiotas”, conseguem ser totalmente espontâneos, pois não precisam obedecer regras do cotidiano. Na cabeça deles, não obedecendo regras de bons costumes, pode-se pedir tudo de presente de aniversário. Até um gangbang.

 

Ninfomaníaca

Nymphomaniac  – 2013

Vol. I:

Vol. II:

Pipocômetro:

vale pipoca turboVale Pipoca Turbo: Enorme com duas cocas, afinal são vários filmes.

Esse foi um dos filmes mais esperados de todos os tempos, concordam? Todos que já viram algum filme do Lars Von Trier (Dogville, Dançando no Escuro, Melancolia,…) sabem o quanto esse diretor é ousado. Daí ele me aparece em 2012 fazendo a campanha de marketing com esse título e esse elenco. Eu faltei enlouquecer de curiosidade. E não apenas um filme, mas DOIS! Sim, caro leitor. As perversões da John, a personagem principal, não ficaram resumidas em apenas 1h58min, mas em 04h01min. Minhas considerações: tenso, foda (nos dois sentidos) e precisa assistir os dois. Apenas. Vlw flw.

 

Interior. Leather Bar.

Interior. Leather Bar. – 2013

Pipocômetro:

vale pipoca grandeVale Pipoca Grande: Ideias geniais merecem pipocas geniais.

Antes preciso falar do filme de 1980 que tem o Al Pacino como protagonista, chamado Cruising. A história é sobre um policial hétero (Al Pacino) que investiga o caso de um serial killer que mata seus parceiros sexuais. A trama começa a ficar interessante quando o policial se infiltra nos lugares onde o assassino frequenta: bares gays, onde os habitués estão vestidos em couro ou pouquíssima roupa, e onde o sexo é livre. Eu comentei sobre ele, pois Interior Leather Bar é um documentário sobre esse filme. Na época, ele teve cenas censuradas por serem de sexo explícito. E eis que James Franco (fiu-fiu), teve a brilhante ideia de refilmar essas cenas e também o processo de produção. O resultado são cenas de um submundo gay dos anos 80, intercaladas com um making of, no qual não se sabe se os atores estão atuando ou não.

 

9 Canções

9 Songs – 2004

Pipocômetro:

vale pipoca grandeVale Pipoca Grande: Para ver acompanhado e mal intencionado.

Ou seja, não se preocupe em entender o filme. Dá o play e deixa o clima esquentar. Você vai ter boas cenas para se estimularem e ainda uma boa trilha sonora. ♫ Se você gosta de rock n´roll, sexo e Londres. Assista. O filme mostra a relação amorosa entre Matt e Lisa, transando bastante (e mostrando tudo). Entre uma cena e outra, apresentações de bandas hipsters bacanudas como Dandy Warhols, Super Furry Animals, Primal Scream, Franz Ferdinand e Black Rebel Motorcycle Club. Para você meu amigo roqueiro, ver com a sua gatinha roqueira.

 

Um Estranho no Lago

L´inconnu du lac – 2013

Pipocômetro:

vale pipoca mediaVale Pipoca Média: Não precisa fazer muita pipoca. O clima de tensão paira no ar.

Um dos filmes mais intrigantes que vi ano passado. O diretor conseguiu fazer um thriller psicológico sem pudores sexuais num ambiente estritamente gay. O filme se passa numa praia de pegação na França. O personagem principal, Franck, se atrai loucamente por um bonitão assassino, Michel. O intrigante é que Franck vê a cena do bonitão matando o namorado afogado, mas mesmo assim não consegue evitar a atração e vai atrás dele. Franck parece ter uma fixação por Michel, assim como os frequentadores parecem ter uma fixação pela praia. Então. Tenso. Mas um tenso excitante.

 

Ken Park

Ken Park – 2002

Pipocômetro:

vale pipoca mediaVale Pipoca Média: Vai incomodar um pouco.

Um dos mais explícitos, intensos e complexos da lista. Quando eu assisti esse filme no cinema, só conseguia pensar uma coisa: GRATUITO. Sabe, “to mostrando por mostrar”? Mas ao reassistí-lo recentemente, mudei de opinião. Larry Clark é o mesmo diretor de Kids. Um filme que fez um barulhaço na década de 90 por mostrar um grupo de jovens americanos, suas vidas sexuais e ainda falando sobre AIDS. Ken Park segue uma linha parecida. O filme narra os problemas de 4 amigos que são bem próximos, envoltos em casos bizarros. Shawn tem um caso com a mãe de sua namorada, Tate vive brigando com os avós e gosta de se masturbar com uma gravata amarrada na maçaneta da porta, Claude é abusado pelo padastro e tem uma mãe que não o defende, e Peaches, uma jovem que como outra qualquer, quer transar mas tem um pai muito religioso. No fim, a “paz” é encontrada no sexo. O mais legal tanto em Ken Park como em Kids é a proximidade e intimidade que o diretor tem com os jovens. O filme incomoda, mas vale assistir.

 

Lúcia e o Sexo

Lucía y el sexo – 2001

Pipocômetro:

vale pipoca grandeVale Pipoca Grande: Com vinho. Pois o filme é espanhol. hehe :B

ATENÇÃO: Se você gosta do cinema europeu. Essa é A INDICAÇÃO. Lorenzo é um jovem escritor que está se preparando para o seu segundo livro, quando se depara com uma declaração de amor de uma fã. Ela diz que está viciada em seu primeiro trabalho, apaixonada por ele e quer passar o resto da vida ao seu lado. Por mais estranho que seja receber uma proposta dessa de uma pessoa que você acabou de conhecer, ele aceita e os dois engatam num romance regado a sexo (obviamente). A partir daí se desenrola uma história que se eu contar vocês não acreditam. Antecipo apenas alguns detalhes: morte, uma atriz pornô, ereção na lama e uma ilha com buracos mágicos. Tudo isso envolto numa trama ligada pela literatura(<3). Assim temos a ideia de um roteiro maluco, mas o filme é um drama, supersensível e bem bonito. INDICO DE-MAIS.

Obs: A Paz Vega, atriz que interpreta a Lucía, é uma gata!

 

The Brown Bunny

The Brown Bunny – 2003

Pipocômetro:

vale pipoca pequena

Vale Pipoca Pequena: Não sobrou dinheiro do orçamento para comprar pipoca.

Este filme mostra a trajetória de um homem (Vincent Gallo) solitário e triste vagando pelas estradas dos Estados Unidos. Ele passa praticamente todo o filme dirigindo um furgão preto em direção a California. Pelo caminho encontra algumas mulheres, todas com nomes de flores (Violet, Lilly, Rose). E este parece ser o único motivo de atração por elas. Aos poucos vamos entendendo o porque dessa tristeza toda. O motivo: um amor perdido, chamada Daisy. E este amor é, ninguém mais ninguém menos, que uma das atrizes mais hypes do cinema alternativo, Chöe Sevigny. É justamente com ela a cena explícita. Cena que lhe causou problemas. A indústria ficou de frescurinha e a “barrou”de alguns projetos(PURITANOS!). O filme é lento, com poucos diálogos, mas rende boas imagens e uma trilha sonora tão triste quanto bonita.

Obs: Senti um egocentrismo do Vincent Gallo. Ele dirigiu, fez câmera, foi diretor de fotografia, editor e protagonista. Egocentrismo ou baixíssimo orçamento? Risos.

 

A História de Richard O.

L’histoire de Richard O. – 2007

Pipocômetro:

vale pipoca mediaVale Pipoca Média: Não vai mudar a sua vida, mas dá para perder um tempinho assistindo.

Um dos atores franceses de maior renome atualmente, Mathieu Amalric, é o protagonista deste filme. Para vocês terem uma ideia, ele atua em 007 – Quantum of solace, Grande Hotel Budapeste, Munique, O Escafandro e a borboleta e Maria Antonieta. To falando isso para provar que bons e famosos atores podem ousar em cenas de sexo e ainda assim manter o reconhecimento profissional. PALMAS PARA O CINEMA FRANCÊS, POR FAVOR!? Nisso não há o que se discutir. Richard está desiludido com sua ex-namorada, mas ainda a ama. Para tentar esquecê-la, se aventura sexualmente com várias parceiras com a ajuda de um assistente, um homem que parece ter 2 metros de altura. O altão faz entrevistas com essas mulheres. Nas entrevistas, elas falam quais são as suas taras, como gostam de serem tratadas como putas ou “violadas”. Isso acaba servindo de dica para o nosso protagonista. Tem uma super vibe de filme de arte.

 

Batalha do Céu

Batalla en el cielo – 2005

Pipocômetro:

vale pipoca mediaVale Pipoca Média: Uma tequila é a melhor pedida.

Carlos é motorista da casa de Ana desde que ela é muito pequena. Os dois tem uma relação próxima. E por próxima eu quero dizer: sexual. Ela trabalha como garota de programa em um prostíbulo e Carlos parece ser o único a saber disso. O que rola é que, ele e a esposa roubaram um bebê, que por algum motivo não explicado no filme, acabou morrendo. Ele confidencia essa informação a Ana, que o pressiona a contar o que houve a polícia. A partir daí, se desenrola uma história de ciúmes, religiosidade, sexo, família e assassinato. Tudo sendo mostrado sem muito pudor e com uma realidade que incomoda. Já não bastasse o roteiro dramático, as imagens não são bonitas. Ou seja, é um filme que se basta em uma trama interessante, com alguns planos bons. E são em alguns desses planos interessantes as cenas de sexo explícito. Que eu, pelo menos, achei nada excitantes.

Obs: Se você não é assim tão ligado a filmes de arte, nem procure.

 

Imagem de capa: reprodução – Ken Park

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Hiran Albuquerque: Produtor audiovisual pernambucano, formado na UFPE, adora cidade grande e mentes criativas. Já foi DJ, participou de peça de teatro, dançou frevo à caráter e estudou em 10 colégios diferentes. Adora a teoria da arte, mas só desenha bonecos de palitinho. Gosta de filmes estranhos e fora do circuito, ao mesmo tempo em que curte animações infantis.

  • Juliana Marisol de França · Seguir · Universidade Federal de São Carlos- UFSCar

    Incluiria fácil nessa lista : Calígula, Diário Proibido, Todos os Tons do Prazer (pra mim, um dos melhores, com diálogos e cenas bem construídas) , Deite Comigo e 100 Escovadas Antes de Dormir… Assisti alguns acima citados e gostei muito e já inclui o restante na minha lista 🙂
  • Juliane Loura · Seguir · UNA

    azul é a cor mais quente
  • Carlos Santiago · Universidade Braz Cubas

    Recomendo: Azul é a cor mais quente. Excelente.
  • Cal Sel ·  Quem mais comentou · PUC Minas

    VOCÊS ACHAM QUE METEROLA É INTELIGENTE?…POUCOS DESTES FILMES QUE O HIRAN APRESENTOU AQUI PRESTA…METEROLA NO CINEMA, TEATRO, NOVELA…NÃO É

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